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quarta-feira, 23 de julho de 2014

E a menina se fechou com seus pensamentos e sentimentos conturbados..
... até se afogar nas suas próprias lágrimas de dor.

"- Sabe o pior de tudo?
 - é que esse caminho que trilho, é o caminho da morte.
Na verdade, estamos todos mortos..
Todos aqueles que choram, sofrem, tem medo, pensam na morte... me sinto um defunto.. preciso de vida, sei que preciso.. mas não consigo.
Acho que a resposta se perdeu no som dos meus soluços."




  E bem, um dia assim sem mais nem menos e com uma desculpa falha e cruel, você se foi.
É tão fácil silenciar, ignorar..  
sem antes tentar entender... 
sem antes buscar saber o que aconteceu... 
Torna-se muito mais fácil fechar os olhos e mergulhar mais uma vez nas sombras.
É muito mais vantajoso fechar os olhos..
 negando qualquer possibilidade de luz, de solução ou refúgio, por perca total de esperanças lamentavelmente cultivada 

terça-feira, 22 de abril de 2014

Desabafo.





(...) buscava no silêncio profundo que me encontrava,as respostas destas perguntas. Lembrava que na noite anterior havia acontecido algo que tinha me deixado desiludida,sem vontade de viver.

Neste momento minha única companhia é o diário. Nele escrevo meus lamentos e descrevo meu fracasso.Nessas ultimas linhas quero encerrar de forma esperançosa,porque acredito que dias melhores virão e que não precisarei mais desabafar nas páginas desse imundo diário.

Solidão.



A solidão é escura,
Negra e sombria,
Uma verdade bem dura,
Uma verdade bem fria.


A solidão também mata,
Fere, pisa e destrói,
Uma ferida que maltrata,
Uma ferida que dói.

É um pensamento que assusta,
É um medo que vive,
Uma doença que barafusta,
Uma doença que tive...


Tive, tenho e terei...
Pois nunca cura haverá,
Dela me escondo e esconderei,
Mas sempre (ela) me encontrará.

Quero continuar a viver,
A minha vida não é tão má,
Mas ela faz-me morrer,
É uma pedra que em mim há.

A solidão é essa pedra,
E bem dura, por sinal,
Eu bem a tento destruir,
Mas fica sempre igual.

É semelhante a um fracasso,
Essa solidão relutante,
Tudo o que fiz e agora faço,
É no fim, fracassante...

Tanta tristeza me afunda,
No meu pranto de lágrimas mortas,
Deixa em mim essa mágua profunda,
De ter fechado todas as portas...