A solidão é tão escura,
Negra e sombria,
Uma verdade bem dura,
Uma verdade bem fria.


A solidão também mata,
Fere, pisa e destrói,
Uma ferida que maltrata,
Uma ferida que tanto dói.

É um pensamento que me assusta,
É um medo que vive,
Uma doença que barafusta,
Uma doença que sempre tive.


Tive, tenho e terei...
Pois nunca cura para esta haverá,
Dela me escondo e me esconderei,

Mas sempre (ela) me encontrará, 
Onde quer que eu vá. 


Quero continuar a viver,
A minha vida não é tão má,
Mas ela faz-me morrer,
É uma pedra que em mim há.

A solidão é essa pedra,
E uma pedra bem dura, por sinal,
Eu bem a tento destruir,
Mas sempre fica igual.

É semelhante a um fracasso,
Essa solidão relutante,
Tudo o que fiz e agora faço,
É no fim, fracassante...

Tanta tristeza me afunda,
No meu pranto de lágrimas mortas,
Deixa em mim essa mágoa profunda,
De ter fechado todas as portas.





Fostes embora por vontade própria, e eu não o quero de volta.
Não quero viver das migalhas do seu afeto...
 por isso é melhor que vá logo e me deixe sozinha comigo mesma, garanto que ficarei melhor do que esperando por você...
Me deixastes pendurada por uma corda enquanto voavas para longe, mas eu me soltei e resolvi me entregar ao profundo abismo do que ficar recolhendo os restos de sua essência. Eu cai, mas aprendi a me reerguer... Sozinha.