(...) buscava no silêncio profundo que me encontrava,as respostas destas perguntas. Lembrava que na noite anterior havia acontecido algo que tinha me deixado desiludida,sem vontade de viver.

Neste momento minha única companhia é o diário. Nele escrevo meus lamentos e descrevo meu fracasso.Nessas ultimas linhas quero encerrar de forma esperançosa,porque acredito que dias melhores virão e que não precisarei mais desabafar nas páginas desse imundo diário.




A solidão é escura,
Negra e sombria,
Uma verdade bem dura,
Uma verdade bem fria.


A solidão também mata,
Fere, pisa e destrói,
Uma ferida que maltrata,
Uma ferida que dói.

É um pensamento que assusta,
É um medo que vive,
Uma doença que barafusta,
Uma doença que tive...


Tive, tenho e terei...
Pois nunca cura haverá,
Dela me escondo e esconderei,
Mas sempre (ela) me encontrará.

Quero continuar a viver,
A minha vida não é tão má,
Mas ela faz-me morrer,
É uma pedra que em mim há.

A solidão é essa pedra,
E bem dura, por sinal,
Eu bem a tento destruir,
Mas fica sempre igual.

É semelhante a um fracasso,
Essa solidão relutante,
Tudo o que fiz e agora faço,
É no fim, fracassante...

Tanta tristeza me afunda,
No meu pranto de lágrimas mortas,
Deixa em mim essa mágua profunda,
De ter fechado todas as portas...