E eu me pergunto todos os dias,
será que você ainda se lembra daquela florzinha sem perfume,
que numa tarde chuvosa eu te dei?
Será que você ainda se lembra daquela florzinha singela,
que timidamente eu lhe entreguei?
Talvez você nem a tenha olhado,
e quando virei de costas, deve ter a jogado fora.

Aquela simples florzinha de cor amarela.
Hoje, apenas um corpo morto e ferido jogado ao vento,
Por ter sido tão desprezada.
Aquela linda florzinha..
Símbolo do meu amor,
e que assim, como ela,
Hoje se encontra revirado em meio à terra podre
Deste meu coração.
Um amor embolorado que tanto o desejou...
Em vão.

E agora, de tudo isso, o que restou?
Um passado frio e remoto
Que a mim, não mais pertence
Por ter sido arrancado impiedosamente de mim,
a apenas algum tempo de contemplação.
Um amor que não mais me cabe senti-lo,
Mas que teimosamente prefere habitar um peito ferido,
Que sabe como guardá-lo, assim como esse meu.
Do que permanecer num peito gélido e calculista, insensível e cretino.
Assim como esse seu.


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