Forasteira de terra e mar
à procura de um lugar.
É assim a vida da pirata,
que dá ouro em troca de prata.

Sem tecto e afecto,
filha do vento predileto.
Rumo ao incerto sem tempo,
apenas com ela, o pensamento.

Nascida para navegar,
sem remo para remar.
Preparada para o alto mar,
treinada para nunca voltar.

Levada por águas desconhecidas,
sem bússola e sem mapa.
Iluminada por estrelas conhecidas,
distantes e de luz fraca.

Habituada à noite fria,
ninguém há via como queria.
Sem luz e sem calor,
porque a lua anda vazia.

Com sede no meio de tanta água,
sobrevive com esperança e mágoa.
Sem caminho ao céu implora
sozinha, ela canta e chora.


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