O sonho, o meu sonho, ou a realidade?

É quando acontece.
O instante da morte é cheio de calor e som, e uma dor maior do que tudo o que possa sentir, um calor escaldante me partindo em mil pedaços, algo cauterizando, chamuscando e me rasgando toda, e se o meu grito fosse uma sensação, seria esta.
Depois?
Depois nada.
Sei que alguns de vocês devem estar pensando que talvez eu mereça. Que talvez eu não devesse falar tanto sobre a morte, desejar morrer, me entregar a todos os problemas que surgem no meu caminho, que não tivesse feito a besteira de entregar os meus sentimentos a quem nada quer comigo..

Mas antes que comece a me acusar, a me julgar, permita-me fazer uma pergunta: o que fiz que foi realmente tão ruim? Tão ruim a ponto que eu mereça a morte. O que foi? Tão ruim que eu mereça morrer assim? Sem ninguém ao meu lado, com lembranças que jamais faria idéia que um dia iria me lembrar, com pensamentos que me atormentam, com esse flach de luz branca aos meus olhos, esse barulho atordoante, vozes no meu subconsciente...
O que eu fiz foi realmente tão pior do que todo mundo faz?
É realmente muito pior do que você faz?
Pense nisso.
Pense a respeito!


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